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Jogos Paralímpicos Tóquio 2020

Falta 1 dia para os Jogos Paralímpicos Tóquio 2020. Ao todo são 33 os atletas portugueses, divididos por oito modalidades, a competir neste que é o maior evento desportivo mundial destinado a atletas com diversas deficiências físicas e motoras

© Paralímpicos Portugal

De 24 de agosto a 5 de setembro Tóquio irá receber os melhores atletas mundiais para a última edição dos Jogos Paralímpicos. Ao todo são 4400 os atletas de 160 países que irão lutar pela ambicionada subida ao pódio.


Origem dos Jogos Paraolímpicos

Os Jogos Paraolímpicos – destinados a atletas com deficiências físicas e motoras – tiveram o seu início em 1960, com a realização do primeiro evento em Roma. A partir dai a sua realização passou a ser feita a par com a dos Jogos Olímpicos coincidindo, quase sempre, com a cidade e país organizadores e com um intervalo de pelo menos duas semanas.

No entanto, a ideia que deu origem a este evento, é anterior a 1960 e leva-nos até Ludwig Guttmann, um neurologista alemão de origem judaica, que utilizava o desporto como forma de reabilitar soldados que tinham servido na Segunda Guerra Mundial. O resultado alcançado por alguns soldados era tão bom que, a 28 de julho de 1948, o neurologista organizou o primeiro evento desportivo destinado a estes atletas, os “Jogos Stoke Mandeville”.

O evento foi um sucesso, tendo-se repetido anualmente até 1952, data em que se internacionalizou e passou a ser chamado de Jogos Internacionais de Mandeville, nesta edição participaram 130 atletas, um aumento significativo face aos 16 atletas veteranos que participaram na edição de 1948.

Com o passar do tempo o exercício de reabilitação evoluiu para o desporto recreativo, depois para o competitivo e, em 1960, tínhamos então a primeira Olimpíada, que contou com a participação de 23 países e 400 atletas.

Desde essa data a realização dos Jogos Paralímpicos acompanhou sempre o ciclo olímpico, com exceções para as edições de 1968 no México e 1980 em Moscovo, devido a questões de logística e boicotes políticos, tendo Tel Aviv e Arnhem, Holanda, recebido os atletas. Nos anos de 1972, Munique, 1976, Montreal e 1984 Los Angeles, os Jogos foram realizados nas cidades vizinhas: Heidelberg, Toronto e Nova Iorque, respetivamente.

A partir de Seul, 1988, coincidiram sempre com a cidade organizadora dos Jogos Olímpicos, decisão tomada de forma a facilitar e aproveitar a tecnologia e logística.

Só em 1976, em Toronto, Canadá, é que se assistiu à integração nos Jogos de outros grupos de deficiências, reforçando a ideia da junção de vários tipos de incapacidades físicas e motrizes e não apenas as resultantes de lesões na medula espinhal.

Se em Roma eram 400 atletas, 23 países e oito, modalidades, hoje, 61 anos passados, o número aumentou exponencialmente, com 4400 atletas de 160 países a competir em 22 modalidades.


Portugal nos Jogos

A nossa primeira participação aconteceu em Heidelberg, 1972, com nove atletas e apenas na modalidade de basquetebol em cadeira de rodas. Não obtivemos nenhuma medalha, a única vez até então.

Depois disto voltamos à competição em 1984, Nova Iorque, e com 15 atletas trouxemos 14 medalhas, 4 de ouro, 3 de prata e 7 de bronze.

  • Seul 88 – 14 medalhas – 3 de ouro, 5 de prata e 6 de bronze;
  • Barcelona 92 – 9 medalhas – 3 de ouro, 3 de prata e 3 de bronze;
  • Atlanta 96 – 14 medalhas – 6 de ouro, 4 de prata e 4 de bronze;
  • Sidney 2000 – 15 medalhas – 6 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze;
  • Atenas 2004 – 12 medalhas – 2 de ouro, 5 de prata e 5 de bronze;
  • Pequim 2008 – 7 medalhas – 1 de ouro, 4 de prata e 2 de bronze;
  • Londres 2012 – 3 medalhas – 1 de prata e 2 de bronze;
  • Rio 2016 – 4 medalhas – 4 de bronze.

Ao todo, nas 10 participações em Jogos Paralímpicos, nove das quais consecutivas, Portugal conquistou um total de 92 medalhas, com o atletismo (53), o boccia (26) e a natação (9) a liderarem o número de subidas ao pódio.

 

Atletas em Tóquio

A missão portuguesa em Tóquio é composta por 33 atletas, divididos por oito modalidades, que irão dar o seu máximo para representar da melhor forma o nosso país e trazer o maior número de medalhas e diplomas.

  • Atletismo (10): Ana Filipe; Carina Paim; Cláudia Santos; Cristiano Pereira; Hélder Mestre; João Correia; Manuel Mendes; Miguel Monteiro; Odete Fiúza; Sandro Baessa.
  • Badminton (1): Beatriz Monteiro.
  • Boccia (10): Abílio Valente; Ana Sofia Costa; André Ramos; Avelino Andrade; Carla Oliveira; Cristina Gonçalves; José Macedo; Manuel Cruz; Nélson Fernandes; Pedro Clara;
  • Canoagem (2): Alex Santos; Norberto Mourão.
  • Ciclismo (2): Telmo Pinão; Luís Costa.
  • Equestre (1): Ana Mota Veiga.
  • Judo (1): Djibrilo Iafa.
  • Natação (6): Daniel Videira; David Grachat; Diogo Cancela; Ivo Rocha; Marco Meneses; Susana Veiga.